13/11/2007

«Noticia no Jornal Calhau com Olhos»

Jovem assassinado por neonazis em Madrid

Carlos, um jovem anti-fascista madrileno de 16 anos, foi ontem assassinado com uma punhalada no coração por um neonazi, participante numa manifestação racista convocada pela organização de extrema-direita "Democracia Nacional". O assassino que será hoje ouvido pela justiça espanhola, feriu outros três jovens, um dos quais gravemente com uma punhalada no pulmão. A "Democracia Nacional" é a organização irmã do PNR em Espanha.

A organização de extrema-direita intitulada Democracia Nacional convocou para Domingo passado uma manifestação para um bairro operário de Madrid (Usera) contra a imigração.


Centenas de jovens anti-fascistas mobilizaram-se para fazer um contra protesto na mesma zona de Madrid, foi no caminho para esta acção que os jovens foram feridos, numa estação do metro, tendo o agressor usado um punhal de caça para praticar as agressões.

Estas agressões e o assassinato do jovem seguem-se a diversas agressões graves nas últimas semanas em cidades de Espanha. Um congolês ficou tetraplégico depois de agredido por neonazis em Alcalá de Henares, para além de outras agressões a imigrantes em Pio XII e em Las Rozas e da agressão à imigrante equatoriana no metro de Barcelona.

Fonte: Calhau com olhos

Lá começaram com os cultos da vitimizações, ainda por cima vem os bardamerdas do bloco (com todo o respeito e sem qualquer carácter ofensivo à vossa pessoa, amén) falar de algo que aconteceu a centenas de kilometros de distância. Analisemos bem, uma contra-manifestação logo à partida é organizada com o intuito de arranjar problemas, de certeza que não foram dar água e bolinhos aos manifestantes.

Devem ter sido alguns dos mesmos jovens que vieram de Espanha munidos de boas intenções a Portugal em Abril para bater em tudo que mexesse. Uns amores pacifistas.

Sem dúvida que a morte de uma pessoa é de lamentar mas para isso esta as autoridades competentes para fazer o seu trabalho, não é necessário que o jornal e a instituição que alberga o calhau com olhos o faça à distância, ainda por cima por quem tem telhados de vidro.

Talvez este jovem encarnou bem a personagem que o compadrio de Francisco Louçã lá de Espanha quer lendo os vastos manuais de desobediência civil. Pois é, eu com 16 anos andava a jogar ao bate pé na rua ou ao berlinde, não andava armado em Sandokan de peito inchado no meio de contra-manifestações.

Claro que também lhes convém continuar o conto do vigário e misturar alhos com bugalhos como querem fazer crer no caso do artista de blusão cor-de-rosa e calças à pepe legal que agrediu a asiática no metro de Barcelona.

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